sábado, 7 de maio de 2011

















“Eu imagino nosso quarto, meu bem. Com quadros de Monet na parede que compramos em Paris, na nossa viagem juntos, lembra? Os nossos travesseiros que mesmo quando adormecidos longe, sempre se ajeitavam pra mais perto no meio da noite. No meu criado-mudo nossas fotos do tempo do colegial, ainda amigos e no seu nossas fotos de agora. Você smepre com essa mania de ser mais “certinho” e mesmo assim dizer amar meu jeito desleixada.

Eu imagino nosso banheiro, meu bem. Acordar e ver só duas toalhas penduradas, com os nossos nomes bordados pela sua mãe… Ver a sua escova de dente ao lado da minha, um tênis seu jogado num canto e o seu cheiro de quem acabou de sair pro trabalho.

Guardo uma caixinha na última gaveta com todas as nossas recordações. Mal sabe você que o ingresso do nosso primeiro filme juntos ainda está lá. E quer mais? Comédia romântica. Apesar da nossa briga do lado de fora do cinema, você ainda diz que valeu a pena só por ficar olhando pra minha cara o filme todo e depois me chamar de linda ao me ver chorar por algo que deveria me fazer rir. E fez, depois, ao te ouvir contar e imitar a minha risada e todas as caras que eu fiz.

Um café, um beijo e um pedido.

Aí a gente vai pra casa, e enquanto eu preparo o jantar você colocar Los Hermanos no rádio e começa a tocar a música Vento e você me tira do fogão e começamos a dançar… Livres. Aí você tira a bela camisa xadrez que eu te dei, e eu olho pro seu corpo como se não gostasse do que vejo, fazendo pouco caso. E te olho sorrir bobo pro nada, e agradeço à Deus, as estrelas, santos, anjos e deuses, à tudo que existe por ter você do meu lado. Bem assim, bem simples, bem a gente. Bem tudo que eu preciso, bem mais de você. Sempre bem mais de você.” Luisa Menin e Marcella Vieira

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